terça-feira, 29 de dezembro de 2009

É hora de abandonar essa casca.
Na verdade, já passou da hora. É o que todos dizem.
O mundo cercado por uma névoa ilusória de sorrisos e confraternização.
Foda-se tudo! Não me interessa final de ano porra nenhuma. Tô cansada de todo mundo fingindo que ama todo mundo, todo mundo fingindo que se arrepende do que fez ou do que deixou de fazer.
Tô cansada das pessoas esperando que seus sonhos se realizem quando elas mesmas não correm atrás de realizá-los. Sonhos não caem do céu, porra!
Tô cansada das pessoas fazendo promessas pro próximo ano, promessas que nunca serão cumpridas. Todo ano é a mesma coisa.
Vou me dedicar aos estudos, arrumar um emprego, ser fiel ao namorado, arrumar um namorado, buscar um amor, buscar amizades, buscar qualquer coisa que seja, mas nunca buscam. Então pra que fazer essas merdas de promessas?
É pra se enganar? Iludir? Mentir pra si e pros outros?
Porque ao invés de ficar pedindo ou prometendo coisas, as pessoas não deixam apenas rolar? Porque o ser humano não sabe ser sincero?
Quer mudar? Muda, porra!
Aproveita o final de ano e diz na cara daquela pessoa que você odeia, que você a odeia. Para de fingir sorriso e fecha a cara se não gosta de quem viu. Liga para aquele amigo com quem você brigou, mas que sente falta, e pede desculpas. Dá na cara daquela pessoa que você tem vontade de esmurrar toda vez que cruza seu caminho. Esnoba aquele cara que te deu o fora, e faz dele gato e sapato. Diz tudo o que você quiser, faça tudo o que você quiser... Quer ser verdadeiro no final de ano? SEJA VOCÊ!
Já chega dessa hipocrisia e desse amor utópico que todo mundo sente no final de ano. Pensar no que passou não vai trazer o passado de volta, então foda-se o ano que tá terminando. Planejar o que ainda está por vim, não vai fazer vim mais rápido, então foda-se o ano que tá chegando. O que importa é o agora.
Então aproveita o agora e faz o que quiser.
E para de fingir que gosta de todo mundo, porra! NINGUÉM gosta de todo mundo.
Que merda de falsidade.




E não. Eu não vou desejar um feliz ano novo, vou desejar pra você, o ano novo que você merecer!

domingo, 27 de dezembro de 2009

Não. Eu nunca teria imaginado, cogitado, sequer sonhado que algum dia nós estaríamos assim, aqui, nessa situação. Não nós.
Não que haja algo de diferente em nós, ao contrário, nos damos bem e tudo o mais, mas eu apenas não imaginaria.
E se alguém tivesse dito, eu iria sorrir e rir de tal maluquice.
Chega a ser loucura dizer agora que você é minha esperança, irônico te definir como a minha luz verde. Irônico o verde nesse caso.
Mas é incrível estar vivenciando isso. Talvez o não esperar dê um 'q' a mais em nisso aqui. Vai saber. É sempre assim né? Tanto faz, vai saber.
Mas talvez seja isso que eu goste em você. Esse seu jeito de não se importar com nada, deixar a vida levar como um barco apenas flutuando sem rumo.
Esse seu jeito engraçado, meio nervoso, mexendo frequentemente no cabelo e fazendo careta pra foto. Essa sua mania de deixar tudo rolar e acontecer, sem se preocupar, porque a gente sabe que o tempo não para.
Talvez seja porque eu acredito que com você eu possa sentar e descobrir desenho em nuvens, talvez porque eu acredito que com você possamos cantar juntos, meio assim, desajustado, desafinado, desajeitado e tornar a música em algo descompassado.
Talvez eu goste de como a gente combina e descombina. De como somos parecidos e diferentes, como água e óleo, e como açucar e água. Vai saber.
Tanto faz.
Pode ser.
Não sei.
Só sei que eu gosto de você, e gosto de estar com você. Vai saber no que vai dar.


(♥)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Deseje em mim suas palavras, ou jogue-as ao vento.
Deixe que a brisa leve tudo o que você tem a dizer.
Vamos!
Grite!
Xingue!
Praqueje!
Esmurre as paredes!
Mas desabafe.
Fale tudo o que quer, o que sente, seja você, seja livre. Sinta-se livre.
Não prenda as palavras dentro de si, diga tudo o que quer me dizer, sem medo, receio, apenas diga.
Não importa se eu vá chorar, sorrir, gritar de volta, mas diga.
Só quero ter certeza de que você está bem, que não está escondendo nada de mim.
Vamos, FALE!
Pare de se retrair, de se fechar pro mundo, de se fechar pra mim.
Pode confiar.
Grite comigo se quiser, grite com o nada se quiser, sorria, chore, se desespere, mas viva.
Eu estou aqui, do seu lado, te olhando e esperando que você derrame suas lástimas e confissões. Pode jogar, eu aguento. Eu te seguro, te ajudo, te carrego se preciso. Então, fraqueje, isso não vai te fazer menos homem. Seja você, seja eu, seja nós dois juntos.
Seja tudo e seja nada.
Mas fale comigo. É tudo o que eu peço.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

sinto sua falta.
mesmo estando perto, eu sinto sua falta.
eu olho nos seus olhos, pego sua mão, beijo sua face, sinto seu abraço, todo dia, mas ainda sinto sua falta.
se eu pudesse torná-lo inteiramente meu, não temeria punições.
se eu pudesse fazê-lo ser completamente meu, não temeria restrições.
se eu pudesse suprir essa falta, não temeria nada.
apenas se eu pudesse estar contigo.
mas eu estou, você diz.
mas não sinto como se estivesse.
é como se você estivesse ao meu lado, mas não estivesse, entende?
então, eu sinto sua falta.
demais.
volta.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Eu nem sei mesmo como começar, ou nem ao menos se devo começar a escrever isso... Talvez seja um erro, mas não me importo muito com isso, erros são constantes ultimamente em minha vida.
O fato é que preciso dizer... Que eu penso em você.
A cada dia, cada hora, cada minuto, cada segundo disso que denominaram existência.
Queria dizer que mesmo que eu tenha jurado pra mim e pra você que não mais te queria, que não mais lutaria, que não mais sofreria por ti, tudo não passou da mais pura mentira.
Eu quis acreditar e fazer todos acreditarem que eu estava bem e que tudo ficaria preso no passado. Antes fosse! O passado não me deixa, você não me deixa.
Na verdade, eu fui por sua causa. Talvez você não tenha percebido ou notado, mas já me acostumei, você nunca percebe, nunca nota, nunca repara em mim... Pelo menos não de verdade.
Eu fui embora por sua causa. Você acha mesmo que eu deixaria tudo pra trás porque estava entediada? Cansada? Não! Eu tinha coisa demais, uma vida construída, poderia conviver com o tédio e o cansaço, mas nunca, nunca conseguiria conviver com você.
Não especificamente com você, somos amigos, eu sei. Mas seria impossível conviver com esse amor latente dentro de mim, se debatendo toda vez que nos abraçavamos. Eu neguei, chorei, lutei contra isso. Me afastei, respirei novos ares, até por mais tempo do que deveria, conheci outras faces, vozes, gostos. Inútil.
Nenhum gosto tão doce, amargo, azedo, cítrico quanto o seu gosto. Porque você tem todos os gostos, você tem tudo o que eu preciso, apenas você.
Como eu poderia conviver sorrindo pra você, me alimentando de abraços amigáveis, quando tudo o que eu mais queria era te tomar pra mim? Me diz... Como?
E mesmo agora, longe, eu estou pensando em você. Sempre e sempre.
Eu te amo! Como sempre amei, como sempre vou amar, você consegue me entender?
Eu fui embora por você, porque você me tira a sanidade.
Talvez funcionasse insana, mas você nunca me quis, nunca me amou, desejou, sequer me notou.
E agora tudo o que eu mais queria era voltar. Era voltar para você, mas para você mesmo, entende? O pior é que você sabe que basta uma palavra sua para que eu volte, bastava uma palavra sua para que eu nem mesmo me fosse.
Eu fico aqui, fingindo que vou seguir em frente, que está tudo bem, mas não está.
Nunca vai estar. Droga!
Nunca vai estar tudo bem sem você.
Eu te amo... Eu te amo! E às vezes isso me assusta...
E eu nem mesmo sei se você vai ler isso, talvez leia e ignore, geralmente é o que você faz, não é? Ignorar...
Mas eu precisava desabafar... Eu te amo, você sabe, eu sei, todo mundo sabe, mas finge que não vê... Pra tentar amenizar, como se funcionasse.
Eu ainda penso em você, e vou continuar pensando...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Quando se ama o amor!

Eu sempre tive o amor ao meu lado. Ele sempre esteve ali, à espreita, esperando a mínima brecha na porta para poder entrar, acomodar-se e depois partir. Como se nunca tivesse estado ali.
E eu sempre cometi o mesmo erro. O deixei à vontade, fingia trancar a porta, mas deixava uma fresta por onde ele pudesse passar, e eu fingia irritação, mas sorria por dentro, porque o queria ali. Sempre quis o amor.
Gostava daquele ir e vir, daquele jogo bobo de gosta e desgosta. O deixava entrar, o deixava partir.
Talvez ele tenha cansado de jogar, talvez ele tenha cansado de mim.
E agora todo dia eu abro a porta, olho ao redor... E não o vejo.
E eu finjo que vou buscar algo lá dentro e 'esqueço' a porta aberta, enquanto às minhas costas bate a falsa esperança de que ele vai mais uma vez invadir a sala e jogar-se no sofá... Mas nada acontece.
E eu choro. Eu grito. Peço outra chance.
E o amor me ignora, não me ouve mais, não me procura mais, não bate à minha porta.
E eu abro tudo. Portas, janelas, portão. E espero de braços abertos, o coração na mão e uma vontade latente de que ele venha ao meu encontro. Rápido. Me salvar.
Porra, amor! Vem logo!
Eu te quero, te desejo, te espero.
Porra amor! Vem logo!
Invade minha casa, destrua meus móveis, e me quebre por inteira. Depois desfaça de mim e se vá, com aquele sorriso sádico no rosto de quem mais uma vez conseguiu me ferrar.
Porra, amor! Eu te amo!
Eu te amo, amor... Droga!

sábado, 5 de dezembro de 2009

Inércia.

É complicado não ter o que escrever.
Ter que pegar papel e caneta todas as noites e rabiscar palavras desconexas nas folhas em branco.
Eu poderia culpar a falta de tempo, a falta de senso, a falta de frases, a falta do que falar.
Mas a culpa é da inércia.
Dessa maldita falta de sentimento que resulta em textos não terminados por falta de inspiração. E não falo sobre a falta de amor. Não apenas ele. Também a falta de ódio, raiva, rancor, amizade, compaixão, carinho, solidariedade... A falta de tudo.
Escrever palavras soltas, sem versos, sem sintonia, sem harmonia, é como fazer uma roupa sem costura. É necessária uma linha que una as palavras entre si... Essa linha é feita de sentimentos.
Por isso minhas palavras parecem crianças acuadas perdidas em um labirinto. Elas não sabem para onde ir ou o que fazer. Mantém um vai e vem constante que não resulta em nada... Como esse texto.
Essas palavras aleatórias que não falam sobre nada. Justamente por não ter sobre o que falar.
Agora eu já posso encarar a folha em branco com o lápis na mão e a cabeça vazia.
Talvez eu deva beber um pouco, relembrar alguns fantasmas do passado ou encarnar um personagem melodramático de algum filme ou novela pra ver se a inspiração vem.
Ou posso jogar o caderno do lado, ir dormir e admitir que a fonte secou.
Sem ter o que sentir... Não posso escrever.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Não que eu me importe com o que os outros vão dizer.
Você sabe que eu não ligo pra isso, nunca liguei.
Não é esse meu medo.
Eu tenho medo desse sentimento, se existe sentimento.
Eu tenho medo de ainda te amar, mas não deixar transparecer e acontecer por não querer sofrer tudo outra vez.
Eu tenho medo de não te amar mais, mas querer que esse amor exista apenas pra suprir a minha necessidade de romantismo exagerada e pra acreditar que poderia dar certo, e que ainda pode.
Eu tenho medo abrir as portas pra você mais uma vez e vê-lo entrar, acomodar-se, bagunçar tudo e depois ir embora deixando a parte mais difícil pra mim, me reorganizar.
Talvez você diga, os outros digam que eu sei brincar com palavras, mas nunca aprendi a brincar com sentimentos. Não sei fazê-lo ir e vir ao meu bel prazer como um iôiô que a gente joga e puxa quando quer.
Eu quero, talvez eu queira mais que tudo acreditar nas suas palavras. Acreditar na sua necessidade e me fazer ser seu salva-vidas intencional.
Talvez eu queria mais que tudo que você realmente precise de mim, e que eu possa ser a única a te ajudar, porque isso seria satisfatório para nós dois.
Talvez eu ainda te queira, tanto, daquele jeito de querer monopolizá-lo, tê-lo pra mim, em mim, preso enquanto está livre, porque eu quero que você queira se prender a mim.
Eu quero?
Talvez eu queira esses olhos focados em mim de forma que eu possa ver apenas o meu reflexo neles.
Talvez eu ainda te ame... Mas como eu posso ter certeza? Se você vai e vem como as ondas do mar?
Talvez eu ainda te espere... Mas vai demorar muito pra você voltar?
Porque tudo é muito incerto... E o talvez pode pesar pro não a qualquer hora.
Acho que tudo depende de você...
Talvez seja isso... Depende de você.
Eu espero de você...