segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Quando se ama o amor!

Eu sempre tive o amor ao meu lado. Ele sempre esteve ali, à espreita, esperando a mínima brecha na porta para poder entrar, acomodar-se e depois partir. Como se nunca tivesse estado ali.
E eu sempre cometi o mesmo erro. O deixei à vontade, fingia trancar a porta, mas deixava uma fresta por onde ele pudesse passar, e eu fingia irritação, mas sorria por dentro, porque o queria ali. Sempre quis o amor.
Gostava daquele ir e vir, daquele jogo bobo de gosta e desgosta. O deixava entrar, o deixava partir.
Talvez ele tenha cansado de jogar, talvez ele tenha cansado de mim.
E agora todo dia eu abro a porta, olho ao redor... E não o vejo.
E eu finjo que vou buscar algo lá dentro e 'esqueço' a porta aberta, enquanto às minhas costas bate a falsa esperança de que ele vai mais uma vez invadir a sala e jogar-se no sofá... Mas nada acontece.
E eu choro. Eu grito. Peço outra chance.
E o amor me ignora, não me ouve mais, não me procura mais, não bate à minha porta.
E eu abro tudo. Portas, janelas, portão. E espero de braços abertos, o coração na mão e uma vontade latente de que ele venha ao meu encontro. Rápido. Me salvar.
Porra, amor! Vem logo!
Eu te quero, te desejo, te espero.
Porra amor! Vem logo!
Invade minha casa, destrua meus móveis, e me quebre por inteira. Depois desfaça de mim e se vá, com aquele sorriso sádico no rosto de quem mais uma vez conseguiu me ferrar.
Porra, amor! Eu te amo!
Eu te amo, amor... Droga!

Um comentário:

Anônimo disse...

eu fiquei mto feliz ao ler seu comentario no meu post, é um alivio saber que posso contar com alguem.. sempre é...

Já desconheço o amor, moça.. acho que se ele passasse ao meu lado, eu nem saberia... não digo que isso é por completo ruim, mas não é a melhor coisa, eu sinto muita falta dele as vezes..