segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Agora, eu queria o mar.
O mar, uma dose com muito gelo e papel e caneta.
Queria sentir a areia entre meus dedos quando as ondas se dissolvessem aos meus pés.
Tenho a mania de achar que a natureza inspira. Gosto de olhar o céu, as árvores, e o mar. Principalmente o mar.
Em toda a sua vastidão e plenitude.
Lembro-me que uma vez comparei os sentimentos com a areia. Por serem difíceis de sair e gostarem de água salgada.
Queria um pouco de areia agora, pra combinar com esses sentimentos grudados em mim.
Queria ver o mar, sentir a brisa leve trazida pela maré, lavar o corpo e alma nas águas salgadas. E apenas as salgadas do mar.
Outro dia eu chorei ao pensar no mar. Chorei por ele e por mim.
Chorei por ele ser como eu. E eu ser como ele.
Tão vastos, tão independentes e dependentes. Tão aptos a receber tanta gente e tão acostumados a estarem sozinhos no final da noite.
Queria estar com o mar agora. Ser sua companhia e fazer dele a minha.
Queria ser sua sereia e cantar baixinho ao ouvido do mar. E deixar ele cantar ao meu ouvido.
O mar parece me entender. Não é sempre que vou ao mar, sabe? Mas quando vou, sempre me sinto completa.
Queria o mar em mim e eu no mar.
Queria o mar, uma dose com muito gelo e papel e caneta.
Queria fazer do mar a minha inspiração, queria falar do mar, cantar ao mar e estar no mar. Com o mar.
Quando estou com o mar eu me sinto bem, transparente e sinto que posso tudo. E conto tudo. Fala dos meus problemas, ou os escrevo diante do mar. Escrevo e jogo para o mar ler. Choro diante do mar, desabafo ao mar.
Pensando agora, o mar sabe muito de mim, eu que não sei quase nada do mar.
Agora, eu queria o mar.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A verdade meu amor, a triste verdade...


É que não existe saudade nos braços de um outro alguém.