quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Engraçado como sempre há uma música. Uma música pra quando estamos tristes, pra quando estamos felizes, pra quando estamos apaixonados. Mas sempre há uma música.
Músicas embalam nossas vidas, grudam em nossas mentes, e disparam pelas nossas bocas quando algo nos faz lembrar delas.
E é engraçado como a gente prefere as que falam de amores. As que cantam amores.
Eu não canto amores, eu escrevo amores.
Não. Não é a mesma coisa se é o que você tá pensando.
Amores cantados são ritmados, rimados e afinados. Meus amores são descompassados, destorcidos, desajustados.
Amores cantados são letras impressas no papel com destino certo. Meus amores são palavras jogados ao vento, levadas pelo vento, para o vento.
Amores cantados tem tempo, duram uma música. Meus amores duram o tempo suficiente para serem eternos naquele momento.
Amores cantados tem sintonia, sinfonia, guitarra, bateria. Meus amores não tem refrão, tudo é central, não tem rima, é tudo anormal.
Eu não canto amores. Eu escrevo amores.
Sem voz ou violão.
Amores cantados viram hinos, serenatas em noite de lua cheia, estão na boca de todos. Meu amores só estão em minha boca e na boca dos meus amores.
Eu não canto amores. Eu escrevo amores.
Amores cantados tocam para sempre. Meus amores sempre tocam.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

"Eu não vou gostar de você porque sua cara é bonita..." ♫

E as pessoas seguem em frente em meio a um turvão de sentimentos distorcidos, realidades falsificadas, e uma utópica vontade de ser feliz.
Todos falam sobre sentimentos e emoções, quando na verdade estão apenas fingindo sentir. O 'eu te amo' tornou-se tão natural quanto dizer que vai na padaria comprar pão. As pessoas ocultam o 'eu te odeio' como se isso fosse um segredo que não pudesse ser revelado.
Ninguém sente mais nada. São todos robôs entorpecidos que sorriem apenas por sorrir, e por dentro estão quebrados como bonecas de porcelana jogadas ao chão.
E se dizem apaixonados a todo momento. Bobagem. Mentira. Hipocrisia pura.
Ninguém ama ninguém a ponto de dar sua vida pelo outro. Nunca ama.
A única pessoa que a gente ama é a nós mesmos, e às vezes nem isso.
E se olham no espelho, e se julgam comparando-se a outros. E isso não me satisfaz.
Suas mentiras não me satisfazem e não satisfazem ninguém. Nem a você mesmo.
E mesmo que sua pele seja limpa, que seus olhos sejam claros e seus cabelos sedosos. E mesmo que seu corpo seja escultural e seus sorriso seja perfeito, eu não vou gostar de você porque sua cara é bonita.
O ser humano é mais que isso.
Não sou ninguém pra julgar, ou criticar, mas sou assim, meio estranha e que olha apenas pra dentro da pessoa.
Então pegue sua cara bonita e vai dar uma volta, porque pra mim, seu conteúdo é um vácuo.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Porque as pessoas tem tanto medo de ser feliz?
Eu vejo os rostos desesperados por um pedaço de felicidade, por uma migalha de esperança, mas não vejo ninguém fazendo nada pra conseguir isso.
Todo mundo quer as coisas, mas ninguém corre atrás.
Se você quer realmente uma coisa, custa lutar?
Passar por cima dos obstáculos, não importa quais sejam eles?
Eu me acho corajosa.
Eu luto, eu brigo, eu discuto, quebro a cara se for preciso. Mas não desisto.
Me machuco, me ferro, me fodo. Mas tô ali, sabe porque?
Porque quando eu quero algo que CORRO ATRÁS porra.
Mas não tem graça correr atrás sozinha. Se eu e você queremos a mesma coisa, porque você espera que eu lute enquanto você assiste calado com medo de arriscar seu pescoço?
Porque não toma um pouco de coragem e solta esse grito preso na garganta? Porque deixa que todos falem e se mantém calado com medo de sentir-se reprimido?
Porque não escandaliza o que pensa? Porque não faz o que tem vontade?
PORRA, QUER MESMO? ENTÃO FAZ!!!

O que mais me irrita? Ver a falta de coragem das pessoas pra lutarem pelo o que querem.
É deprimente.

domingo, 17 de janeiro de 2010

'Eu gosto de você, e gosto de ficar com você...' ♫

E eu nem sei porque as palavras somem quando eu tento falar sobre você.
Não sei porque elas se transformam em borboletas e voam suavemente pra longe do meu alcance e eu me pego perdida e sem saber o que dizer.
Não que seja difícil explicar o que estou sentindo, pelo contrário, é fácil. Mas não sei porque parece que tudo entala e fica preso quando é sobre a gente.
Eu gosto de estar com você, do seu cheiro, do seu gosto, do seu rosto. Gosto do modo como você sorri, do modo como você me olha, e de ver meu reflexo nos seus olhos e ter a certeza de que eu sou o seu foco.
Gosto das coisas que você diz, e gosto quando canta baixinho pra mim. Gosto de segurar sua mão durante o filme, de sentir teu abraço e das caras e bocas que você faz quando a gente se olha.
Gosto do seu 'nada não' depois que eu pergunto porque você está sorrindo. Gosto da sua sinceridade, do seu afeto, do seu carisma.
Gosto da forma como você diz que talvez, quem sabe, não sei, então é.
Gosto quando você brinca comigo e com meu ciúmes. Quando me provoca e me faz virar a cara pra depois sorrir e me beijar até eu não ter mais raiva.
Gosto do jeito como você me segura pela cintura ou quando mexe no meu cabelo. Gosto quando você aperta meu nariz só porque você gosta de apertar.
Gosto de gostar de você e ver você gostar de mim.
E assim a gente segue. Deixando as palavras voarem livres desde que os sentimentos continuem em nós.



Te amo! (♥)

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A dança das estações - Dance of days ♫

Vem sem medo a meus braços, meu amor.
Que a tristeza não vai mais espreitar pelos cantos
e apertar assim o peito.
Fica assim, aqui perto,
que o teu cheiro me faz seguro,
teu calor me protege e teu corpo me cura o vazio.

Pra que brincar de ter razão?
É besteira não querer errar
e é tolice demais curtir a dor.
Deixa pra lá tudo isso
e vem dançar a dança das estações.

Ah, tenta não ligar pra essa gente
chata e sem graça.
São tolos demais
esses mortos cegos e adultos.

Gosto de te ver rindo
e da riqueza das coisas simples
que guardo qual tesouros.
E a beleza está em não ter pressa.
Que corremos demais, meu amor,
e é hora de parar, deitar na grama,
falar só besteira e rir da vida.

Ah, deixa isso pra lá
que esse mundo é todo errado.
Fica perto então
que tanta solidão já feriu demais.

Vem dançar a dança das estações.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Eu estou feliz.
Muito feliz na verdade.
Mas é engraçado como sempre me corrói essa sensação de que algo está por vim. Que a maré não baixou e que depois da calmaria vem a tempestade.
É como se eu sentisse que ondas estão se acumulando pra me derrubar da prancha.
Tomara que eu esteja errada, porque está tudo indo muito bem.
Quero que apenas melhore e as ondas não venham.
Está bom aqui apreciando a temperatura da água sem medo de me afogar.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

E eu realmente acho que não posso lutar contra isso.
Mesmo sabendo que machuca, que corrói e dói, não há como evitar.
Quando você se apega ao amor de forma à fazê-lo essencial na sua vida, não há como não buscá-lo em cada esquina, em cada sorriso, ou em cada beijo dado naquele estranho daquela festa chata.
Você o procura por todo lugar, revira o guarda-roupa, mexe embaixo da cama e quando não o encontra em nenhuma parte da casa, puxa aquela caixa escondida lá no canto escuro e relê cartas antigas apenas para alimentar-se dele, mesmo que relembrando o passado.
É como uma droga que você busca constantemente e não cansa. Não para. Não enche. E nunca. Nunca é o suficiente.
Um olhar, um sorriso, um toque, um beijo. Tudo faz você sonhar e viajar, imaginando se é o amor batendo à sua porta.
E eu quero mais. Sempre peço mais. E nunca me satisfaço.
Eu quero o amor. Quero tomá-lo para mim, sentí-lo em mim, respirá-lo e inspirá-lo a cada segundo.
Ele me toma, me consome, me faz dele e eu adoro. O amo por isso.
Amo o amor por ele estar em mim, ser meu e me fazer dele.
Por isso quando ele não se faz presente, eu o busco. Incansavelmente.
Como quem necessita de água em meio ao deserto. Como quem necessita de sol em meio ao frio ou de noite no meio do dia.
Eu o necessito.
E por necessitá-lo, eu o busco.
O quero. O desejo. O anseio. O caço.
E ele foge como uma brincadeira de esconde-esconde.
Não ligo. Continuo buscando, porque sei que quando ele estiver aqui, eu vou sorrir e me sentir satisfeita.
E vou saber mais uma vez que cada esforço valeu a pena.

sábado, 2 de janeiro de 2010

'e seria bom não precisar mentir, não precisar fingir, não precisar manter essa máscara que só de costume já tomou a forma do meu rosto.
seria bom poder sorrir, poder sentir, poder mostrar o que há por baixo da máscara sem o medo da rejeição.
mas a perfeição não deixa.
ela já virou máscara, é cobrada todo dia e eu levo a vida seguindo as regras que ela impõe.
e pensar que eu achei que ser perfeito era o suficiente, era o bastante, era plenamente satisfatório.
mas eu me enganei, não basta ser perfeito.
todos querem mais, cobram mais, esperam mais, e eu me esforço mais.
não é isso que eles esperam de mim?'