sábado, 26 de junho de 2010

"Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente."

Juro eu, aqui e agora, que outrora obtive o controle, porém já não me é mais permitido lidar com a situação ao qual me encontro.
Quisera eu poder mandar tudo pelos ares e seguir em frente com a cabeça erguida.
Mas me pego presa em lágrimas que além dos lençóis, mancham-me a face. Maldita dor que não cura com injeções, malditas feridas que não cicatrizam com remédios.
Quisera eu poder ignorar a dor latente em meu peito e sorrir abertamente dizendo tudo estar bem. Não posso mais enganar-me ou ludibriar aqueles que me cercam com tamanha falsidade. Já não obtenho o talento de iludir os olhos alheios, nem tão pouco tenho o dom de iludir a mim mesma.
Antes eu pudesse afogar-me em minhas mentiras ao invés de minhas lágrimas.
Antes eu pudesse ter o controle sobre os meus sentimentos ao invés de minhas ações.
Como é duro, oh Deus, sentir o chão esvair-se abaixo dos pés, o céu enegrecer-se sobre a cabeça e o coração partir no peito. Como é duro, oh Deus, não poder controlar os pensamentos que me levam até ele até no menor segundo de minha pobre e insignificante existência.
Mas não, me foi dado o castigo de viver por um amor que poderia matar-me. Doce travessura do destino em fazer um joguete com a vida e a morte.
Mas para quem crê que o destino me deu uma solução com esse trocadilho maldoso, desconhece o fato de que acima de tudo ele deu-me também a covardia.
Sendo assim, nem posso optar por colocar um fim tenebroso e rápido nessa valsa das lamúrias.
Tenho que viver e conviver com o fato de não o ter ao meu lado, e acima de tudo ver outra o tendo.
Quisera eu poder socar a face odiosa do destino por privar-me de tal controle sobre o sentir e por jogar-me na cara além de tudo, que eu tenho de alimentar esse amor doentio existente em meu ser.
Oh, quisera eu poder abdicar de tudo para viver na mais perfeita paz.
Mas a quem eu quero enganar?
Não o posso já disse, não há mais máscaras e já não posso mentir para os outros, não sou mais um personagem e não há mais público.
O destino ainda deixou-me mais um presente: eu sei, aqui em mim, nesse meu ser fraco e desajustado que mesmo que eu pudesse optar por não sentir, eu não o faria.
Sei, aqui em mim, que se me fosse permitido esquecer-lhe eu iria preferir a dor de mil facadas a isso.
Sei, aqui em mim, que prefiro morrer de dor ao passar a minha existência sem sentir por ti esse amor tão único e esplendoroso.
Então, oh Deus, perdoe-me por meus pecados e prossiga com sua punição.
Prefiro isso à viver em paz sem ter conhecido a face dele.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

'Eu perco o sono e choro...'

É inútil tentar lutar depois disso, meus pés estão cansados, minhas mãos estão feridas e o meu coração está sangrando. Pisaram sob o meu castelo de areia, ele foi derrubado pela água salgada, mas não a do mar, a dos meus olhos.
Oras a quem eu estou enganando? O seu perfume não estão mais nessa blusa que eu agarro como um fio de esperança, a sua voz não ecoa mais pela casa e eu nem lembro qual o beijo do seu gosto, por mais que eu puxe pela memória.
O seu telefonema mais cedo e o timbre da sua voz me mostraram que não há mais esperanças. Que aqueles que inventaram os finais felizes são mentirosos que nunca passaram pelo sofrimento que agora me corrói.
Eu não abro mais a porta, não atendo o celular, nem respondo meus amigos no msn. Meu dia se reduziu a assistir filmes românticos e chorar desconsolada relembrando pequenos momentos nossos.
A quem eu estou enganando? Eu não tenho mais forças nem mesmo para sair de casa, nem mesmo pra desabafar com alguém.
Você pediu que eu não mandasse mais mensagens, não mais te ligasse ou procurasse, foi o mesmo que pedir para que eu não mais viva.
Mas eu sou covarde demais até para morrer. Bem queria poder largar tudo isso pra trás, bem queria poder não ter que sentir essa dor constante aqui no meu peito.
Eu não tenho mais o seu cheiro, não tenho mais o se gosto, nem a sua voz ou sua presença.
Eu havia dito que não queria mais minha vida se não tivesse nela uma ligação para com a sua, e agora que você quebrou os laços, o que eu faço?
Como eu posso me manter de pé, se suas palavras me tiraram toda a força?
Como eu posso me manter bem, se suas palavras me causaram toda essa dor?
Como eu posso sorrir, se apenas me sobraram as lágrimas e uma camisa antiga que eu ilusoriamente tento sentir teu cheiro nela?

terça-feira, 22 de junho de 2010

'Os mesmos pés cansados voltam pra você...'

Mesmo aqui e agora, diante do espelho, após tantos anos, ainda posso ver a sua imagem repletida nele, ao meu lado.
Com aquele mesmo sorriso despretencioso, o olhar bobo e as mãos firmes me segurando pelos ombros, com um tremor notável de quem tem medo de que eu me perca no caminho.
Ainda sinto pela casa o som da sua voz, a sua risada baixa, ou o perfume da sua pele. A camisa que eu visto já foi sua, ela ficou presa junto comigo num mundo fantasioso de algum lugar do passado.
Aquela música que representou na nossa história tá repetindo no som durante o dia todo. Eu me pego jogada no colchão assistindo um filme romântico no computador, daquele mesmo jeito que nós fazíamos. Vou de mercado em mercado a procura do mesmo chocolate, dos mesmos biscoitos e aquela mesma garrafa de guaraná kuat. Cozinho o meu macarrão, arrumo a casa, tudo revivendo cada uma das nossas lembranças juntos.
As lágrimas, os olhos inchados, a voz tremida e as mãos que digitam aqui agora, são suas e existem apenas por você.
Eu não brinco quando eu te falo, você ri, diz que eu vou superar e vou ficar bem, mas eu não brinco quando eu falo que não quero em minha vida mais nada que não tenha relação com a sua.
E por mais que me doa admitir, eu sei que errei. Sei que a culpa foi minha e sei que mesmo agora, tarde demais, eu ainda estou aqui. Ligando pra ouvir a sua voz ou passando em frente ao seu trabalho apenas pra te olhar por breves instantes.
E mesmo agora, bem aqui, onde sei que muitos vão me julgar eu admito meus erros.
Me ponho em frente teu julgamento, teu e de tantos outros que vão fazê-lo. Admito que fui burra, que errei, que procurei você em outros por tantos anos a fio que acabei por perder a conta de em quantas bocas busquei teu sabor.
Mas justamente por admitir, vi que estive errada e por isso, esses pés descalços voltam pra você.

E eu sei e você sabe que nada será igual, não como fomos. Nunca será igual.
E então eu te mando meu recado, prezo meu silêncio e rezo sozinha para que meus sentimentos te alcancem, te toquem e te tragam de volta pra mim.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Love Will Show You Everything

Today, today I bet my life
You have no idea
What I feel inside
Don't, be afraid to let it show
For you'll never know
If you let it out

I love you
You love me
Take this gift and don't ask why
Cause if you will let me
I'll take what scares you
Hold it deep inside
And if you ask me why I'm with you
And why I'll never
Leave
Love will show you everything

One day
When youth is just a memory
I know you'll be standing right next to me

I love you
You love me
Take this gift and don't ask why
Cause if you will let me
I'll take what scares you
Hold it deep inside
And if you ask me why I'm with you
And why I'll never
Leave
My love will show you everything
My love will show you everything
My love will show you everything
Our love will show us everything

terça-feira, 15 de junho de 2010

5 minutos sem arder.

Malditas horas da madrugada que me fazem lembrar de você a todo instante. E me fazem digitar feito maluca pra quem sabe ninguém ler e sabendo que você que não vai ler mesmo.
Eu só sei que dói, que fere, que machuca e por vezes arde. É, baby, você me fazer arder. Seja a lágrima que arde na pele, seja o vinho que arde a garganta. Você sempre me fazer arder, ou faz arder em mim.
E quando eu olho no espelho nem me reconheço, e eu olho ao redor e sei que ninguém realmente me vê, ou me nota. Não, não é só você, são todos eles.
Olhos ocupados demais, desatenciosos demais ou que apenas olham em uma diração diferente. Pena não haver um super poder que faz as pessoas realmente repararem umas nas outras, seria bom.
Mas enquanto não tem, eu fico me remoendo na frente do computador buscando cada vestígio seu que haja na internet. Não sei se agradeço ou amaldiçoo essa rede tecnológica que me faz parecer estar tão perto quando estou tão longe.
Não sei se é dádiva ou maldição poder saber o que você faz, como você faz, com quem você faz e saber que faz sem mim, e que nem sequer deve lembrar quando faz.
E eu fico clamando pelos malditos 5 minutos que eu passo com você nessa tal internet. Aqueles 5 minutos do meu dia, da minha semana, do meu mês, aqueles únicos 5 minutos que não me fazem arder.
E quandoo tempo acaba, tudo volta a arder de forma angustiante, como chama corroendo a pele. E dói, machuca, fere e oh Deus, como dói.
Mas é assim, não é baby?
Enquanto eu ardo em sentimentos, você tranquilamente sorri pra mim sem nem saber que naquele breve instante você me impede de arder.
Ah, malditos 5 minutos que decidem quando tudo queima ou meu redor e quando tudo fica na mais perfeita paz.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Vinho.

Eu queria não precisar sabe?
Não precisar de você, desse amor que corrói meu corpo ou desse ciúme infeliz que queima a pele só de te imaginar sendo tocado ou tocando outra.
Eu queria não precisar de filmes românticos, músicas tristes ou momentos sozinha para apenas relembrar você. Mesmo que eu não esqueça, eu falo sobre relembrar.
Quero lembrar e relembrar, e sonhar com um futuro que talvez nunca chegue.
Penso hoje sobre os contos de fada que ouvia quando criança, onde eles falavam sobre lindas princesas, castelos gigantes, cavalos brancos, príncipes encantados e um amor eterno.
Ninguém me ensinou que a vida é diferente da ficção, então por vezes eu imagino ouvir o cavalgar do seu cavalo branco, aquele que não existe, talvez por você não ser um príncipe, talvez por cavalos estarem fora da moda.
Ninguém me ensinou como as princesas lidavam com a tristeza, como elas tinham que lutar pelo amor ou como elas podiam desacreditar da vida.
Ninguém me ensinou a ser princesa de contos de fada.
Nada de vestidos divinos, carruagens, bailes no castelo ou um sapato perdido à meia-noite. O máximo que eu perco à meia-noite é o sono, e por sua causa.
Ninguém me ensinou que princesas perdiam o sono, e choravam horas a fio por seu amor ser a ilusão de um fantástico mundo encantado.
Ninguém me ensinou a fantasiar. Não me ensinaram nada, nada sobre contos de fadas.
Não me disseram que eu o mundo da fantasia só existe em sonho, na hora do sono, depois de algumas taças de vinho.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Is not the time.

Pode ser que um dia nos encontremos e possamos finalmente olhar um nos olhos do outro, mas enquanto isso eu rezo.
E prezo.
Pelos poucos momentos ao 'teu lado'. Pelos poucos instantes de nossas conversas e torço, por vezes silenciosamente, que meu sentimento te alcance.
Oh Deus, como eu queria que o meu sentimento o tocasse.
O tocasse e fizesse a pele dele arrepiar, como a minha faz quando eu ao menos penso nele.
O tocasse e o fizesse entender que minhas palavras, minhas promessas, meus beijos perdidos e o sabor de minhas lágrimas não são mero acaso, não são em vão.
E eu rezo baixinho, orando pelos cantos que cedo ou tarde a gente se encontre.
Quem sabe no fim da noite algo possa acontecer.
Mas ainda não é a hora. Eu sei que não.
E sei que quando a hora chegar eu vou saber, você vai saber, todos vão saber.
Só não saberemos se a hora está a nosso favor, ou se o relógio será nosso pior inimigo.

sábado, 5 de junho de 2010

'e eu acho que eu gosto mesmo de você
bem do jeito que você é.'

terça-feira, 1 de junho de 2010

Meu sabor de solidão é meu quase complemento

Eu me sinto só. E me sinto incompleta.
Mesmo com todos os beijos, abraços, toques e promessas que não precisam de palavras porque podem ser ditas com um olhar, eu me sinto só. E incompleta.
E a culpa não é sua. Não é dele. Não é dela. Nem mesmo é minha.
Eu sou como um quebra-cabeças. Fizeram, mas antes nem se deram o trabalho de montar. Jogaram ao vento e as peças perderam-se.
Quando eu me sinto incompleta, não é que você não possa me completar, é que APENAS você não pode. Deveria ser você, e mais outro, e mais outra, e mais outros.
Todos são pequenas peças, pequenos fragmentos meus. Do passado, do presente, do futuro. No futuro quem sabe.
Não é que hoje eu saiba como é ser incompleta, e ninguém me disse qual o sabor da solidão. Mas eu sei agora que a minha tem gosto de álcool e faz a cabeça girar.
Ninguém entende que passar 23 horas comigo não me satisfaz. Que apenas a 1 hora que não foi passada ao meu lado me deixa com o gosto de solidão na boca.
E quando você volta, e me abraça e me promete coisas com o olhar, outros o fazem também. E mesmo você e os outros não são o suficiente pra me montar, me completar ou mesmo me satisfazer.
Parece que eu quero sempre mais, mais de você, mais dele, mais dela, mais de todos.
Mais de todo mundo.
Eu quero sempre mais, busco sempre mais, desejo sempre mais, espero sempre mais.
E enquanto espero o complemento, o álcool corrói e faz o estômago virar, a cabeça doer e a água quente e salgada descer pela face.
Não, não é culpa sua. Talvez nem seja culpa minha. Não é culpa minha querer demais, eu só quero me sentir completa, isso é errado?
Por isso estou com você, mas não fico com você. E não vou ficar com nenhum deles, nenhuma promessa vai me satisfazer.
Ao menos não por enquanto.
Não enquanto eu ainda deixar que a solidão tenha o gosto de álcool.
Quando ela tiver outro sabor quem sabe você me complete. Você ou qualquer um deles.