segunda-feira, 30 de março de 2009

Gostaria de estar ao seu lado. Estar agora com você e te abraçar intensamente. Te fazer entender que estou ao seu lado, que você me tem para ajudá-lo no que for preciso e que nada, nem mesmo a distância poderá fazer com que haja o frio entre nós. Gostaria de entrelaçar meus dedos nos seus com o intuito de passar pra ti toda a minha força. De te dar todo o meu apoio e te fazer entender que você não está só.
Gostaria de poder arrancar de ti tua dor, tua tristeza, todos os teus sentimentos ruins. Queria poder transferir pra mim essa sensação ruim que se apoderou de seu peito, tomar pra mim teu sofrimento e deixá-lo livre desses grilhões que fazem jorrar suas lágrimas.
Estarei aqui... Esperando que as sombras que te cercam sejam dispersas pelo sol que aquecerá sua alma. Estarei aqui... Esperando que seu coração regresse para o caminho certo e que você volte sorridente pra mim. Somente pra mim.

sexta-feira, 27 de março de 2009



Ao som de : Lifehouse - Storm [acústico]

Não abra a porta.
Eu não quero a luz do sol iluminando aqui dentro. Eu já me apeguei à escuridão. Eu agora fecho os olhos deliberadamente porque eu desejo me abster de ver a luz. Se eu olhar o mundo lá fora, eu sei que vou chorar. Eu sei que vou me dar conta de tudo o que eu perdi vivendo trancafiada em mim mesma à sua espera. Esperando a sua volta.
Eu já me acostumei a viver nesse cantinho obscuro do meu ser, ouvindo o barulho das risadas lá fora e rezando baixinho pra que sua volta não tarde. Você vai e vem como as ondas do mar. Mas eu já me acostumei.
Meu corpo já adaptou-se a sorrir ao seu regresso e a chorar à sua partida. Já não sei viver de outra forma.
O seu toque é afrodisíaco para a minha pele. Sua voz é doce melodia aos meus ouvidos. Seu beijo é a droga que alimenta a minha alma. Sua saliva é o veneno que corrói aos poucos a minha dignidade e o meu orgulho. O seu olhar é a corrente elétrica que evita que meus batimentos cardíacos parem.
As ilusões, falsas esperanças, as mentiras que saem pela sua boca já abduziram minha sanidade criando seu próprio mundo fantástico. As suas palavras lascivas e enganadoras já me roubaram a inteligência e a capacidade de raciocinio.
Agora eu já acredito em tudo... Sem esforço algum.
Então, por favor... Não abra a porta.
Não jogue pedras no meu castelo de vidro fosco.
Me deixe ser a princesa encantada do meu mundo de fantasias mais um pouco. Eu já não quero a verdade. As suas juras ludibriantes já me satisfazem. Vá sem dizer nada, deixando-me novamente na escuridão apenas com a chama de minha ilusória esperança de que você vai voltar como sempre faz. Me deixe apenas esperar.
Por favor... Não abra a porta.

terça-feira, 24 de março de 2009

Há um desejo contido em mim. E ele grita o tempo todo querendo arrebentar os grilhões que o prendem aqui dentro. Há uma vontade contida em mim. E ela clama teu nome desesperadamente enquanto tenta se apegar a cada doce lembrança sua que está presa em meu interior. Meu desejo busca incessantemente por sua presença, investiga meticulosamente minha mente e meu coração em busca de vestígios que comprovem que um dia você me pertenceu. Tudo isso para alimentar esse ilusório sonho de que você continua aqui, de que ainda há chance para nós, de que todo o sofrimento não foi em vão e que podemos seguir juntos daqui pra frente.
Esse querer incontrolável que persiste tentando encontrar uma explicação lógica para a dor que sofremos e provar que ela foi a forma de fortalecer esse elo que nos liga.
Essa vontade procura incansavelmente as doces palavras que você me disse um dia, para fazer-me acreditar que não era mentira, para me obrigar a não deixar que esse sentimento morra aqui dentro.
Esse desejo latente luta para que essa flor que desabrochou em meu peito e que responde pelo teu nome, não morra sem ser regada pelo teu toque. Ele clama que o jardim não seque por falta da água doce dos teus lábios que me encantam. Ele ora fazendo ecoar pelo peito essa prece silenciosa que pede que eu não me entregue a solidão. Ao mesmo tempo em que pede que você venha me salvar desse vazio constante que habita os meus sombrios dias trancada no quarto.
Ele está presente em mim, implorando que você também esteja.

sexta-feira, 20 de março de 2009



O abraço

Aqueles lábios repousaram sobre os meus
O hálito inebriante que exalava pecado
Eu me senti entorpecida nos beijos teus
Naqueles lábios gélidos de sabor adocicado

Os dedos frios percorriam meu rosto
Como quem delineia finas linhas do papel de seda
Desejando minha mortalidade com desgosto
Eu senti em seu toque o pavor da perda

O desejo latente de manter a sanidade
Tentando controlar aquele instinto vil
Eu o via renegar-me a sua mesma eternidade
Com um medo absurdo que eu me partisse em mil

Meu peito arfava entre ansiedade e temor
E o dele permanecia em defensiva rigidez
Eu me indagava qual de nós sentiria mais dor
Enquanto meu pescoço pendia-se em estado de languidez

Os lábios petrificados desciam-me pelo queixo
Hesitante em busca do que lhe fora oferecido
Como se buscasse incessantemente seu próprio eixo
Mesmo sem precisar ele respirou embevecido

A corrente que o prendia se quebrava
Agora a besta dentro dele estava solta
O querer ímpeto que o dominava
Eu puder sentir naquela desejada boca

A língua trêmula deslizou-me pela jugular
Com uma sofreguidão até mesmo indecente
Implorando entorpecida pela vontade de me tomar
Parecia clamar sedenta pelo meu sangue quente

Eu senti dolorosamente minha pele se romper
E as afiadas presas minha carne atravessando
Tirando de mim o sol que eu não poderia mais ver
De forma doentia minha essência ele ia drenando

Minhas forças acabavam naquele instante de delírio
Onde finalmente eu realizava minha aclamada utopia
Aproximando-se a hora do último suspiro
Ironicamente eu via um véu negro que me cobria

Melancolicamente o que tornou-se minha canção de morte
Foi a doce melodia do meu sangue sendo sugado
Entre o prazer e a agonia eu silenciosamente agradeci a sorte
Por ter minha existência se esvaindo pelo beijo do meu amado

Eu recobrei os sentidos e reconheci em meus lábios o sabor da vida
Em minha boca o gosto do sangue dele me tornava impura
Mas nem naquele momento eu me senti arrependida
Porque eu podia sentir seu abraço com sua pele fria e dura

Agora eu também sobrevivo dessa louca volúpia ardente
Daquele mesmo beijo extasiante que supre meus momentos de ira
Alimentando fervorosamente esse desejo incandescente
Que reside nesse meu novo ser que os mortais chamam de vampira.

terça-feira, 17 de março de 2009

Mas olha só que coisinha boa. Aquela sensação gostosa do beijo escondido, onde a gente pega a mão por baixo da almofada do sofá e conversa através do olhar para os outros não perceberem.
Um toque rápido olhando ao redor para ver se alguém está a observar. Um gosto bom de quem está fazendo algo errado, mas ciente de que na verdade não é errado, só é melhor quando é escondido. Olha que coisa boa, a sensação de um pecadinho obscuro, um segredinho que a gente mantém porque é divertido, porque é instigante, porque torna tudo melhor. E a gente pode se abraçar, beijar, pegar na mão e fazer o que quiser pra todo mundo ver, mas a gente prefere fazer tudo por baixo dos panos, enrolando-nos um no outro, entrelaçando nossas mãos secretamente. Esperando os outros virarem o rosto para um selinho divertido, esperando alguém sair por um instante para poder sorrir juntos da situação.
Essa sensação de pecadinho com gosto de quero mais.
Meu pecadinho, seu pecadinho, nosso pecadinho com gosto de nuvem de algodão-doce.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Eu queria poder retribuir o seu sentimento. Queria poder te amar como você me ama, mas meu coração é cego e busca apenas pelo outro.
Você me ama... Eu o amo... Ele ama outro alguém... E assim permaneceremos nesse círculo vicioso.
Mesmo quando você me toca, quando você me olha nos olhos, quando você diz que me ama, quando você está do meu lado... Eu me sinto bem, mas não é amor.
Queria poder mandar no meu coração e fazer com que ele te amasse na mesma intensidade com a qual você me ama, mas meu coração teimoso ainda busca pelo amor de outra pessoa. Mesmo que esse amor nunca chegue, ele tende a permanecer nesse estado crítico, congelado, paralisado. Como uma rocha indestrutível.
Queria poder lapidar essa pedra dentro do meu pai com suas formas, com sua face, com seu jeito... Mas mesmo com todo os esforço que fazemos juntos, tudo parece ser em vão.
Ele ainda mantêm formas antigas, cicatrizes que não fecharam, marcas profundas que ainda jorram sangue quando tocadas. Por isso eu não posso te amar... Eu não consigo te amar.
Mesmo que nossos momentos sejam felizes, mesmo que nossos sorrisos sejam contantes... Ainda assim eu não posso entregar-me por completo, porque meu coração pertence a outro.
Me desculpe por não poder estar ao seu lado como você está ao meu... Se ao menos eu fosse menos tola...

sexta-feira, 13 de março de 2009



[Selo repassado pela Dani... Thanks =***]



Pegue minha mão e leve-me. Leve-me para longe de tudo e de todos, onde haja só nós dois, onde o tempo não importa, a distância não existe e os outros não nos olham. Leve-me com você para qualquer lugar, onde tudo pode acontecer, onde não haja medo ou receio em nossas ações, onde as vozes dos demais não cheguem aos nossos ouvidos. Leve-me para um lugar só nosso, onde só exista nossos beijos, nossos abraços, nossos corações. Um lugar onde só exista o você para mim, e o eu para você.

Tome-me em seus braços e me guie para o fim do mundo. O fim de tudo o que há no planeta, onde o fim de tudo se tornará o nosso começo. Tome-me em seus braços e me leve para longe de todos os olhos inquisidores, todas as línguas ferinas, as palavras mal ditas, os dizeres malditos.
Leve-me com você para qualquer lugar... Apenas leve-me com você.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Eu queria te ter aqui comigo.
Queria poder mudar o mundo, diminuir a distância entre nossos corações.
Queria poder encontrar teu abraço no meio da noite fria, encontrar os teus lábios a espera dos meus. Encontrar o teu corpo e entrelaçar-me nele. Encontrar tua alma e tocá-la com a ponta de meus dedos.
Eu queria tê-lo por perto.
E poder estar com você em todos os momentos. Sorrir com você, caminhar com você, fazer tudo ao seu lado.
Queria ter o poder de mudar o mapa e diminuir essa distância. Ter o poder de parar o tempo quando estou ao seu lado... Ter o poder de fazer com que você estivesse aqui comigo, agora e sempre.

Mesmo que eu não tenha esse poder, aqui, no âmago do meu ser, eu sei o quanto eu te quero e o quanto eu te espero. E sei que é recíproco.

Mas um dia, juntos, nós vamos ter esse poder.
Eu espero por isso... E sei que você também!


s2

domingo, 8 de março de 2009

Não. Eu não prometo nada.
Eu não prometo te dar meu coração. Não prometo te amar eternamente e nem sonhar com vocêtodas as noites. Eu não prometo declarações constantes, beijos exclusivamente seus e nemviver somente por ti.
Mas eu te amo.
Eu não posso te dizer que o amo mais que tudo ou que você é ou será o único. Não posso te dedicar minha existência ou fazer de você o motivo dela. Eu não posso me dedicar de corpo ealma como se não houvesse mais nada no mundo.
Mas eu te amo.
Eu não posso jurar que você tem todo o meu amor, ou que ele é o maior que eu posso sentir.Não posso te abraçar toda hora ou te beijar todo momento. Não posso jurar que vou estar aoseu lado para todo o sempre ou que você é tudo na minha vida.
Mas eu te amo.
Não. Eu não te prometo nada.
Porque eu não sei se sou capaz de cumprir.
Eu só te prometo o agora. O hoje. Esse nosso instante imediato.
E isso é tudo.
Não te prometo mais nada porque eu te amo.
E eu não quero acabar decepcionando o meu amor.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Eu não quero ser salva.
Não quero que ninguém além dele me ame.
Mesmo que eu não seja correspondida com esse sentimento imenso dentro de mim, eu não quero mais o amor de outra pessoa que não seja ele.
Eu não quero ser salva.
Eu quero ser egoísta e manter esse sentimento dentro de mim... Ele é só meu e não quero que ninguém tente tirá-lo de mim ou substituí-lo.
Eu quero manter o seu sorriso dentro de mim, a sua voz, o seu cheiro, o seu gosto.
E mesmo que eu nunca possa voltar a sentir isso novamente, eu quero manter essa lembrança preciosa e que pertence somente a mim e mais ninguém.
Mesmo que você beije outras bocas, mesmo que você abrace outros corpos, mesmo que sua mão quente se entrelace em outros dedos, essas sensações que um dia eu senti ainda permanecerão aqui... Comigo.

Eu não quero ser salva.
Não quero que esse sentimento desapareça. Podem achar doentio de minha parte, podem dizer que eu tenho que continuar a viver... Eu ainda vou viver, mas não quero outro amor.
Quero seguir o brilho dos teus olhos e quero apenas esse sentimento que tem o teu nome apoderando-se de meu ser.
Eu não quero perder esse sentimento.
Mesmo que eu sofra, mesmo que eu me machuque... Eu sempre vou te ter em mim.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Preto e Branco

Meu mundo antes sem som, agora perdeu também a cor.
A paisagem no campo está desbotando, minha pequena aquarela foi quebrada e agora só me resta um arco-íris preto e branco.
Meus olhos não enxergam mais as cores.
A pele antes amarelada da Monalisa tornou-se pálida. O sangue de Romeu e Julieta nas páginas ilustradas do livro tornou-se negro. O cabelo negro da Branca de Neve está mais negro do que nunca.
As cores do meu mundo... Foram extintas.
Perdeu-se o azul magnífico do céu e o amarelo radiante do sol. Acabou-se o verde hipnotizante das árvores e o laranja perfeito do crepúsculo.
Depois da música... Foi-se a cor.
E agora eu me sinto presa em um cinema mudo, onde tudo é preto e branco e o som não se propaga. No meu mundinho à la Chaplin, nem mesmo aquele desenho do primário salvou-se, onde a ilha antes colorida viu suas cores sendo levadas pelas ondas do mar. Nem mesmo o primeiro coração com uma flecha escapou da maldição, e aquele antes vermelho foi tomado pelas trevas.
O som se foi... A cor se foi.
Tudo foi levado por você e sua indecisão que se iguala à maré no balanço do vai e vem.
Tudo foi levado por você e sua maresia. Foi levado pelas minhas lágrimas que agora perdem-se no mar, igualmente o ‘Coração do Oceano’, agora negro, na reprise muda de Titanic.

domingo, 1 de março de 2009

O mundo sem som

Já não há mais música.
Apertaram a tecla ‘MUDO’ do meu aparelho de som e eu já não consigo ouvir o meu CD de MPB.
O mundo ficou silencioso.
E agora eu vejo a chuva lá fora, mas não ouço o barulho dela batendo no telhado. Eu apuro meus ouvidos ao máximo, mas não posso ouvir nada.
O som se foi.
Ana Carolina, Cássia Eller, Rita Lee, Elis Regina emudeceram. Nem o barulho de meu coração batendo eu posso ouvir.
O mundo sem som.
Os versos cantados de Tom Jobim e Vinicius de Moraes não chegam aos meus ansiosos ouvidos e o choro que sobe pela minha garganta é igualmente silencioso.
Minha vida sem música... Sem sentido.
Eu já não posso ouvir Roberto Carlos falar de amor. O CD de Adriana Calcanhoto não funciona nem no último volume, Fábio Jr. e Marisa Monte perderam a voz.
Você se foi e levou minha música e eu sequer posso ouvir Jorge Vercillo cantar a saudade que bate em meu peito. Os CD’s de Gilberto Gil e Djavan estão ficando empoeirados.
O mundo sem som.
Você levou consigo a melodia da minha vida, a música que saia-lhe pela garganta toda vez que você falava. Levou a suave canção que era sua voz, que hipnotizava minha mente e acalmava minha alma. E deixou-me com a vida muda, onde o tempo roda no aparelho de som, mas as músicas de Nós 4 não ecoam pela sala.
Uma vida sem som... Sem sentido.
Onde ouvir “Aquela Frase” da Lorena Chaves faria muito sentido agora.