quarta-feira, 7 de abril de 2010

Três é demais.

Sempre é.
Sempre sobra, é resto. Não gosto de restos.
Restos me lembram fim, fim me lembra tristeza e eu tenho a maldita mania de assimilar tristeza com amor.
Não posso.
Amor é mais que isso, é felicidade plena, mesmo platônico, não correspondido. Mesmo que sejamos desprezados, impressionante como apenas uma palavra do outro pode mudar nosso dia.
Três pesa.
Peso me lembra cansaço, que me lembra dor que me faz voltar ao amor.
E não posso.
Não gosto do três.
Não se divide por dois. E gosto de coisas que se dividem por dois. Dois é sempre bom, suficiente, agradável. Dois é o meu número.
Três me lembra triângulos, que me lembram amores, que me lembram que triângulos amorosos são sempre problemáticos.
Como já ouvi uma vez: 'triângulos não são legais, eles tem pontas e machucam.'
Não mesmo. Não gosto do três.
Gosto mais do dois. Dá ideia de cumplicidade, igualdade, mútuo, entende? O dois não machuca e quando machuca a gente gosta. O dois dá uma sensação de aprovação ao masoquismo. Maluquice não é? Mas eu sinto isso, e sei que você também sente.
Mesmo quando é dois e dói, a gente gosta. E parece que corre atrás do sofrimento. Vai entender.
Só sei que eu não quero o três, ou o quatro ou qualquer outro número. Quero apenas o dois. Apenas ele e eu. E isso me é o suficiente. Me basta. Me completa. E me deixa feliz, muito feliz na verdade.
Deixe-me com meu dois, e pode ficar com o três. Você ou qualquer um que goste desse número, porque eu não gosto.
O meu dois me satisfaz. E isso é tudo.
Ele e eu. Dois como se fosse um. Mas o um nunca é sozinho. E isso é bom. O dois implícito é tão bom quanto exposto.
Por isso gosto do dois, ele vai bem em qualquer ocasião.
E cada vez mais eu me apego ao dois, meu dois e o dois dele.
Só nós dois.

Um comentário:

Karol Melo disse...

one, two, three, not only you 'n me rs

realmente o dois é melhor :D