segunda-feira, 14 de junho de 2010

Vinho.

Eu queria não precisar sabe?
Não precisar de você, desse amor que corrói meu corpo ou desse ciúme infeliz que queima a pele só de te imaginar sendo tocado ou tocando outra.
Eu queria não precisar de filmes românticos, músicas tristes ou momentos sozinha para apenas relembrar você. Mesmo que eu não esqueça, eu falo sobre relembrar.
Quero lembrar e relembrar, e sonhar com um futuro que talvez nunca chegue.
Penso hoje sobre os contos de fada que ouvia quando criança, onde eles falavam sobre lindas princesas, castelos gigantes, cavalos brancos, príncipes encantados e um amor eterno.
Ninguém me ensinou que a vida é diferente da ficção, então por vezes eu imagino ouvir o cavalgar do seu cavalo branco, aquele que não existe, talvez por você não ser um príncipe, talvez por cavalos estarem fora da moda.
Ninguém me ensinou como as princesas lidavam com a tristeza, como elas tinham que lutar pelo amor ou como elas podiam desacreditar da vida.
Ninguém me ensinou a ser princesa de contos de fada.
Nada de vestidos divinos, carruagens, bailes no castelo ou um sapato perdido à meia-noite. O máximo que eu perco à meia-noite é o sono, e por sua causa.
Ninguém me ensinou que princesas perdiam o sono, e choravam horas a fio por seu amor ser a ilusão de um fantástico mundo encantado.
Ninguém me ensinou a fantasiar. Não me ensinaram nada, nada sobre contos de fadas.
Não me disseram que eu o mundo da fantasia só existe em sonho, na hora do sono, depois de algumas taças de vinho.

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