quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Uma taça transbordando de loucura para jogar na cara da rotina.

Essas amarras da rotina que me prendem os movimentos
Quero arrebentá-las em mil pedaços ao primeiro pensamento
Quero acabar com a mesmice, com essa porra desse tédio
Quero xingar um policial, ou transar na escadaria de um prédio
Cansei dessas músicas de letras e estilos diferentes
Mas que sempre falam de amor, pessoas tristes e carentes
Cansei do mormaço do calor cotidiano infernal
E dessa merda desse vinho que tem o gosto sempre igual
Tudo me sufoca. Me segura. Me enclausura.
Eu quero é mais a aclamada liberdade
Tocar a campanhia de cada casa da cidade
Eu quero um surto de loucura, dançar no meio da rua
Cantar músicas idiotas na chuva, correr completamente nua
Quero mais ação, menos razão.
Eu quero gritos estridentes, gargalhadas demoradas
Muito álcool na cabeça e sexo nas calçadas
Quero rock'n'roll nas alturas, calça desfiada
All star sujo de terra, camisa dos Sex Pistols desbotada
Quero gente na minha cama, sendo todos de passagem
Homens e mulheres e muito mais libertinagem
Quero esmurrar alguém na rua e roubar todo o seu dinheiro
Vou me espreguiçar no sofá enquanto desajeito meu cabelo
Quero comer até me encher e desejar algo de alguém
Vou alimentar meu desejo sexual enquanto ainda tem
Quero todos os pecados correndo no lugar do meu sangue
Quero montar um banda de rock ou ser chefe de uma gangue
Hoje quero tudo sem medo, me entregar ao devaneio
Quero blasfemar contra mim mesma e cuspir no meu reflexo no espelho
Vou ir contra o cotidiano, tomar o navio através de motim
Encher a taça de loucura e deixar a insanidade se apossar de mim.

3 comentários:

Karol Melo disse...

Meninã *---*
Arrasou com esse texto.
Parabéns (:

EmileJ disse...

adoreeeeei!
super revoltadaaaa!
tem epocas na nossa vida que a mesmice é chata, nos deixa louca :D
USAHUSHAUSHSUHAUAS

um beijo :*

Mila disse...

Adorei, vc escreve bem e mete o pau mesmo na rotina, na vidinha certinha q nós somos obrigados a ter por conveniência '-'